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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Roteiro cultural para Rio das Ostras.


A Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio de Rio das Ostras lançou um circuito permanente para estimular os próprios moradores da cidade a conhecerem, de forma saudável, o patrimônio histórica e cultural do município.

— O projeto “Trilhando nossa história” é um convite aberto a qualquer caminhante para fazer um agradável tour e usufruir das belezas de Rio das Ostras — resume o diretor de Turismo da cidade, Paulo Vieira.

A caminhada cultural (clique aqui para ver imagens do roteiro) começa no Posto de Informações Turísticas, na Praia da Tartaruga, e depois de percorrer sete quilômetros passando por 16 atrativos, termina na sede da Secretaria de Turismo, no bairro Extensão do Bosque.

— O passeio é bem tranquilo. O percurso foi desenhado pelo grupo “Anda Rio das Ostras” e pode ser feito em aproximadamente duas horas. Um mapa com um resumo dos atrativos visitados é dado no começo da trilha — explica Vieira.

Bodyboard é tradição na Praia de Costazul em Rio das Ostras.


Mal as sexta-feiras amanhecem na Praia de Costazul, em Rio das Ostras, e a areia já está colorida pelas pranchas de bodyboard dos alunos da escolinha de surfe da cidade. As aulas gratuitas — fruto de uma parceria entre a prefeitura e a Associação de Bodyboard de Ipanema — ocorrem de sexta a domingo, das 9h às 11h, sob a supervisão de Edmar Rezende, presidente da associação.
A escolinha foi inaugurada na cidade há cinco anos e tem na lista de ex-alunos alguns destaques da modalidade, como os surfistas Rafael Paes e Israel Eduardo de Oliveira. Os dois agora trabalham monitorando os novos alunos e colecionam bons resultados em competições. No ano passado, Paes ficou em quinto lugar no Campeonato Mundial de Bodyboard, e Oliveira, em 4 no campeonato estadual. Ambos também não poupam elogios ao professor Edmar.
— Ele é o melhor técnico e orientador que um surfista pode ter. Sabe todas técnicas e trabalha o emocional do atleta o tempo todo — afirma Paes.
O fato curioso é que o professor Edmar não sabe nadar nem jamais teve coragem de cair no mar.

Câmeras instaladas nas ruas de Rio das Ostras provam sua eficência.


Guarda Municipal age em flagrante e encaminha bandido à 128ª Delegacia de Polícia,

Mais uma vez as câmeras de monitoramento do trânsito, da Secretaria de Ordem Pública e Controle Urbano, auxiliaram a ação policial em Rio das Ostras. Na última semana, um assaltante foi preso, após roubar a bolsa de uma mulher no Centro, identificado a partir da descrição da vítima a um guarda municipal.

Após ser assaltada, a vítima pediu ajuda a um guarda municipal, que acionou a Central de Monitoramento por câmeras para identificar o delinqüente, de acordo com as características relatadas.

Apesar de segurança não ser uma atribuição da Guarda Municipal, em casos de flagrante, qualquer pessoa, de acordo com o artigo 301 do Código Penal, pode encaminhar o criminoso a autoridade policial ou judicial.

Monitoramento por 24h - O principal objetivo das câmeras da Central, instaladas pela Prefeitura de Rio das Ostras, é o monitoramento e coordenação do trânsito e a proteção dos próprios públicos. Durante 24 horas, oito câmeras filmam pontos estratégicos do município.

Em maio as câmeras ajudaram a Polícia Militar a identificar e prender uma quadrilha de traficantes.

Parque da Cidade é escolhido pela população como mais uma opção de lazer em Rio das Ostras


Piscina, churrasqueira e campo de futebol podem ser utilizados gratuitamente
Os moradores de Rio das Ostras já escolheram seu novo espaço de lazer gratuito. Principalmente nos finais de semana, o Parque da Cidade, em Nova Cidade, inaugurado há pouco mais de dois anos pela Prefeitura, recebe visitantes de várias localidades do município para fazer um churrasco, reencontrar os amigos, jogar futebol e até fazer piquenique. O Parque fica entre as ruas Três Marias e Bangu, na localidade Nova Cidade.

Com opções para toda a família, o Parque da Cidade é um espaço de 53 mil metros quadrados (equivalente a aproximadamente sete campos de futebol), com churrasqueiras, quadra poliesportiva,campo de grama sintética, campo de futebol society, pomar, parquinho infantil, trilha para andar de bicicleta e um gramado para piquenique.

O Parque foi construído para ser uma área de lazer completa para os moradores de Rio das Ostras. Funciona de domingo a domingo, de 8h às 22h.

A moradora de Cidade Praiana, Danielle Pinheiro, freqüenta há um ano o Parque com a filha, Gabriela, de dois anos. “Adoro levá-la para brincar, pois é uma área muito grande. Ela fica mais livre e eu nem ligo porque é um local com muita segurança”, declarou.

A administração do Parque é feita pela Secretaria de Serviços Públicos. A administradora, Eunice Silva, ressalta que o local é cada vez mais utilizado pelos moradores por oferecer conforto e diversão. Ela orienta que, para utilizar as churrasqueiras e os campos de futebol (estes no período noturno), é necessário agendar com dois dias de antecedência, apresentando a documentação do interessado.

Bem-Estar e Esporte- No Parque da Cidade também funciona o Centro de Atendimento ao Idoso, onde são realizados projetos das secretarias de Bem-Estar Social e de Esporte e Lazer. As três piscinas do local são utilizadas para aulas de natação e hidroginástica.

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Zona Especial de Negócios recebe nova empresa e será ampliada.


A Zona Especial de Negócios (ZEN) de Rio das Ostras conta com mais uma empresa, a Fugro Brasil – Serviços Marinhos e Levantamentos Ltda., que inaugurou a sua nova unidade nesta terça-feira, dia 22. A companhia está gerando 800 empregos nas áreas de prospecção off shore e on shore e é o 29º empreendimento da ZEN que conta ainda com outras 25 empresas em processo de instalação. O prefeito Carlos Augusto anunciou que uma área de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados será desapropriada ainda este ano para dar inicio a Zona Especial de Negócios 2.

“Estamos consolidando, com a inauguração da Fugro, o que era apenas um sonho e passou a se tornar realidade em 2006, quando investimos 15 milhões em infra-estrutura para receber as empresas. E todos esses empreendimentos estão possibilitando o desenvolvimento sustentável, mantendo o nosso compromisso de contribuir para o setor de produção do petróleo, sem perder a qualidade de vida e com respeito ao meio ambiente”, afirmou Carlos Augusto durante a inauguração da Fugro.

“Agradeço a Prefeitura de Rio das Ostras pelo suporte a esse empreendimento. Temos quatro empresas no Brasil que geram 1.100 empregos, sendo mais de 800 em Rio das Ostras. Estamos investindo aqui por acreditar no potencial do município e do país”, informou a presidente da Fugro Brasil, Mathilde Scholtes.

Além do prefeito Carlos Augusto, estiveram presentes à inauguração o vice-prefeito, Wilton Broder, o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Afonso, a secretária de Desenvolvimento, Negócios e Petróleo, Kátia Brandão, o secretário de Fazenda, João Batista Gonçalves, e a chefe de Gabinete, Angela Toffano.

Empresa - A unidade da Fugro ocupa uma área de 23 mil metros quadrados na Zona Especial de Negócios (ZEN) de Rio das Ostras. Na área, foram construídos dois prédios, sendo um administrativo, para abrigar cerca de 200 funcionários, e um galpão para serviços operacionais.

Grupo multinacional fundado na Holanda, em 1962, a Fugro é uma das empresas com atuação nacional especializada em investigação do fundo e sub-fundo marinho. A nova base, na ZEN, é destinada ao armazenamento, manuseio, reparo e manutenção de equipamentos para serviços de mergulho, ROV e survey. A unidade ainda conta com laboratórios para testes hidráulico, eletrônico e elétrico, além de um tanque de provas de 8 m de profundidade.

Rio das Ostras participa da integração de Unidades de Conservação Ambiental da Região


Na última sexta-feira, 18, técnicos das secretarias de Meio Ambiente, de Educação e de Comunicação Social da Prefeitura de Rio das Ostras participaram do I Seminário de Educação Ambiental e Comunicação do Mosaico de Áreas Protegidas Mico-Leão-Dourado. O evento traçou diretrizes para a gestão do Mosaico – área de 209 mil hectares, que reúne Unidades de Conservação, públicas e privadas, abrangendo mais sete municípios da região, além de Rio das Ostras.

O Mosaico Mico-Leão-Dourado, que está em processo de reconhecimento junto ao Ministério do Meio Ambiente, vai unir Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral (como as reservas biológicas União e Poço das Antas e parques municipais, como Atalaia e Córrego da Luz); de Uso Sustentável (APA da Bacia do Rio São João) e Reservas Privadas que resguardam remanescentes do habitat original do mico-leão-dourado – a Mata Atlântica da Baixada Litorânea fluminense.

“As áreas protegidas da região têm enorme importância não só pela conservação da biodiversidade, mas também pelos outros inestimáveis serviços ambientais prestados, como a manutenção de fontes de água, o controle climático e a contenção de encostas”, afirma Rosan Fernandes, ecólogo da Associação Mico-Leão-Dourado.

Propostas - Durante o seminário foram propostas ações de Educação Ambiental e de Comunicação que possam fortalecer as UCs da região de ocorrência do mico, assegurando a proteção da espécie, além de preservar as três bacias hidrográficas: do rio São João, do rio Macaé e rio das Ostras. Os debates apontaram para a necessidade de estabelecimento de planos de comunicação e gestão integrados; debates, sensibilização e informação dos gestores públicos sobre a questão do meio ambiente; união das escolas, comunidade e entidades em torno da educação ambiental.

O Mosaico é gerido por um Conselho Consultivo, com participação dos gestores das Unidades de Conservação, órgãos governamentais e sociedade civil, como ONGs, associação de proprietários rurais e de assentados da reforma agrária das cidades de Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Cabo Frio, Búzios, Silva Jardim, Araruama, Rio Bonito e Saquarema.

Além dos temas do primeiro seminário, para a consolidação do Mosaico, serão propostos debates sobre proteção e licenciamento, manejo da paisagem, pesquisa e monitoramento, envolvendo entidades ambientais civis e de governo, como o Inea, além de universidades federais e órgãos de pesquisa.

Mosaicos - O objetivo dos mosaicos de áreas protegidas, regulamentados desde 2002 por Lei Federal, é a gestão integrada das unidades de conservação, as quais se fortalecerão com o intercâmbio de recursos, ampliando, por exemplo, o poder de fiscalização dessas áreas e entorno. Atualmente há cerca de 15 mosaicos no País, alguns já reconhecidos e outros, em processo de oficialização junto ao Ministério do Meio Ambiente.

Mais informações podem ser obtidas pelo site da Associação Mico-Leão-Dourado, www.micoleao.org.br

quarta-feira, 16 de junho de 2010



Aluna do Centro de Formação Artística de Música, Dança e Teatro, da Fundação Rio das Ostras de Cultura, a bailarina Brenda Valentim, de 16 anos, acaba de ser selecionada como bolsista de um curso de duas semana no Miami City Ballet School. A bolsa foi uma indicação de Alice Arja, membro do Conselho de Educação da conceituada escola norte-americana. Alice, acreditando no potencial de Brenda, sugeriu que a jovem participe de uma audição em novembro, no Rio de Janeiro, para conseguir bolsa para um período maior, de cinco semanas.

Habilitada pelo Miami City Ballet School para conceder bolsas de curta duração nesta instituição e realizar audições anuais para bolsas para períodos maiores, Alice Arja percorre escolas e festivais para descobrir futuros “talentos de sapatilhas”. Foi em uma dessas “olhadinhas” que a bailarina experiente viu Brenda e enxergou na jovem um futuro promissor.


“Brenda é perfeita. Tem idade, porte, beleza, graça, disciplina e todas as condições para ser aprovada na audição para a bolsa de cinco semanas. Para facilitar sua participação, eu concedo gratuidade em todas as despesas para sua inscrição”, declarou Alice Arja em entrevista por telefone.

A Presidente da Fundação Rio das Ostras de Cultura, Selma Rocha, comemora mais este bom resultado do trabalho desenvolvido no Centro de Formação Artística de Música, Dança e Teatro. “Essa é mais uma demonstração de que o nível técnico de nosso Centro é excelente. Já tivemos duas alunas de balé aprovadas na Escola de Dança Maria Olenewa, do Theatro Municipal do Rio, e uma estudante do curso de interpretação para TV escalada para a novela “Viver a Vida”, da Rede Globo. Quanto à Brenda, daremos todo o apoio necessário à jovem bailarina para que ela alcance seu objetivo”, concluiu Selma.

Brenda, que começou estudar balé aos 8 anos, em Cabo Frio, foi aprovada na seleção para a Escola de Dança Helba Nogueira, da Fundação Rio das Ostras de Cultura, em 2009. Nesse período, ela conta que se aperfeiçoou muito como bailarina. “Aqui aprendi técnicas diferentes, também pude descobrir outras modalidades como a dança moderna e estudar sobre a história da dança”, conta Brenda.

sábado, 12 de junho de 2010

Barco de luxo promete limpar água enquanto navega.

Inspirado em um jardim e animais marinhos, projeto de arquiteto belga tem sistema para gerar mais energia do que consome
Por Época NEGÓCIOS Online.





O designer belga Vincent Callebaut, de 32 anos, acaba de divulgar o projeto de um luxuoso “barco verde”. Inspirado em um jardim e no animal marinho caravela-portuguesa, o Physalia é 100% auto-suficiente em energia, garante o designer.

“É um ecossistema reagindo ao meio ambiente, um fragmento real do planeta terra, um convite para fauna e flora fazerem uma bagunça na cidade”, define o arquiteto-poeta, acostumado a desenvolver ideias ecológicas.

Pelo projeto, o teto do barco é coberto de plantas e sensores para captação de energia solar. A energia destes sensores move as turbinas que ficam abaixo do barco e geram energia hidroelétrica. Ambos tipos de eletricidade são usados para mover o barco, que o arquiteto garante gerar mais energia do que consome.

A estrutura da parte de baixo da embarcação, que fica em contato com a água, ainda é recoberta com um elemento químico que, em reação com raios ultravioletas, eliminam parte dos poluentes deixados por combustíveis de outras embarcações.

Empresa sueca cria iate que vem com supercarro.

Barco de luxo pode ser personalizado pelo proprietário, vem com um carro na garagem e custa mais de R$ 46 milhões
Por Época NEGÓCIOS Online



O conceito “compre um, leve dois” já pode ser aplicado no mercado de luxo. Isso porque a empresa sueca Strand Craft lançou o iate “Strand Craft 122” que vem com um supercarro que pode ser armazenado a bordo.

Atingindo uma velocidade máxima de 43 nós, o iate possui quatro quartos de tamanho grande, camas de casal, área para recepção, salão, televisões do tipo LED com tela de 52 polegadas e um sistema de som em cada espaço. Além disso, o interior do barco pode ser personalizado de acordo com o gosto do proprietário.

E o carro que vem com o barco não fica atrás no quesito luxo. Com um motor turbo ele pode atingir uma velocidade máxima de 375 km/h. O modelo conta ainda com janelas a prova de balas.



Reprodução Daily Mail
O interior do iate é decorado em estilo Art Deco, com móveis personalizados
Segundo contou ao jornal "Daily Mail" Kurt Strand, fundador da empresa responsável pelo projeto, o iate foi feito para os “muito ricos” – gente que só busca o melhor em tudo. “Logo na primeira semana tivemos muito interesse de várias partes do mundo, principalmente do Oriente Médio.”

Quem estiver interessado em adquirir essa novidade deve se apressar porque a empresa informou que a produção será limitada. A princípio serão confeccionados apenas seis exemplares e até o momento, a Strand Craft já possui cinco possíveis compradores, restando apenas uma peça. A novidade custa 17 milhões de libras, o equivalente a R$ 46 milhões.


Todos os ambientes contam com uma televisão do tipo LED com tela de 52 polegadas e sistema de som de alta definição.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Entenda como a taxa Selic afeta a vida do consumidor.

Taxa é usada pelo governo como forma de controlar a inflação.
Selic dá a medida das outras taxas de juros, como cheque especial.

Do G1, em São Paulo.





O que é a Selic?

A taxa Selic é a média de juros que o governo brasileiro paga por empréstimos tomados dos bancos. Quando a Selic aumenta, os bancos preferem emprestar ao governo, porque paga bem. Já quando a Selic cai, os bancos são "empurrados" para emprestar dinheiro ao consumidor e conseguir um lucro maior. Assim, quanto maior a Selic, mais "caro" fica o crédito que os bancos oferecem aos consumidores, já que há menos dinheiro disponível.

Por que a Selic é importante para a política econômica?

O governo usa essa taxa como instrumento para controlar a inflação. Se a Selic é alta, há menos dinheiro circulando e menos procura por produtos e serviços à venda. Se a demanda é menor, os preços caem.

A Selic também ajuda a controlar a entrada de investimentos estrangeiros. Quem investe em títulos brasileiros ganha com os juros altos, o que faz entrar mais dinheiro no país. Quanto mais dólares entram no país, menor a cotação dessa moeda por aqui.

Por que tanta gente reclama dos juros altos?

Os juros altos diminuem o consumo, o que prejudica as vendas e as empresas. Se as empresas não crescem, há mais desemprego, e a economia encolhe. Além disso, o investimento estrangeiro que entra no país por causa dos juros altos é especulativo. Esse dinheiro pode sair daqui a qualquer momento; é diferente do capital que entra para construir uma fábrica ou melhorar uma empresa.

E para o consumidor, que diferença isso faz?

É a Selic que dá a medida das outras taxas de juros usadas no país: do cheque especial, do crediário, dos cartões de crédito, da poupança. É a partir dela que os bancos calculam quanto cobrarão de juros para conceder um empréstimo. Quanto menor a Selic, mais "barato" fica para o consumidor fazer um empréstimo ou comprar a prazo.

Mas essa relação não é direta. Quando o Banco Central reduz a Selic, essa queda demora a chegar ao consumidor. Isso acontece porque os bancos também cobram, em forma de juros, impostos (IOF), inadimplência, seus custos e seu lucro. Essa diferença entre o que o banco paga ao tomar um empréstimo e o que ele cobra ao conceder um empréstimo é o chamado "spread bancário".
Também dá para ganhar com a Selic alta?
Como a Selic também influencia os juros que os bancos pagam quando emprestam dinheiro de alguém, o consumidor também pode ganhar com isso. Em geral, quanto maior a Selic, maior o rendimento das aplicações de renda fixa, como poupança e CDBs

Câmara aprova medida que autoriza sanções comerciais contra os EUA.

Do G1, em Brasília

09/06/2010 10h04 - Atualizado em 09/06/2010 10h04.

Medida Provisória precisa ser aprovada até sexta-feira (11) pelo Senado.

determinação vale quando autorizada pela Organização Mundial do Comércio.

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (8) uma Medida Provisória (MP) que autoriza o Brasil a aplicar sanções comerciais autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A medida foi editada, entre outros motivos, para permitir retaliações aos Estados Unidos por causa da concessão de subsídios aos produtores americanos de algodão. A medida segue para o Senado, onde precisa ser aprovada até sexta-feira (11). Caso contrário, perde a vigência.

A medida passa agora a tramitar como projeto de lei de conversão, por ter o objetivo de converter a medida provisória em lei, de autoria do deputado Fábio Ramalho (PV-MG). A finalidade imediata era permitir que o Brasil aplicasse compensações contra os Estados Unidos, condenados em 2009 pelo subsídio concedido aos seus produtores de algodão.

Depois de negociações entre os dois países, o governo brasileiro adiou até meados de junho a aplicação das medidas de retaliação comercial sobre mercadorias dos Estados Unidos, que haviam sido anunciadas no começo do ano.

A mudança ocorreu depois da assinatura de um memorando de entendimento para a criação de um fundo de assistência técnica e desenvolvimento da atividade algodoeira no Brasil. Serão depositados no fundo R$ 277 milhões anuais de recursos norte-americanos. A taxação adicional de 102 mercadorias americanas teria impacto potencial, em 2010, de R$ 1,1 bilhão (cerca de 591 milhões de dólares).

A MP permite que o Brasil aplique sanções sobre direitos de propriedade intelectual de cidadãos ou empresas do país condenado pela OMC.

As sanções podem ser relativas a diversos produtos, tais como obras literárias, programas de computador, patentes de invenções ou desenhos de circuitos integrados. A "retaliação cruzada" poderá ocorrer na forma de suspensão ou limitação desses direitos; bloqueio temporário de remessa de royalties, entre outros.

Os acordos da OMC estão divididos em três setores: mercadorias, serviços e propriedade intelectual. A retaliação cruzada recebe esse nome quando a OMC autoriza que um país aplique sanções sobre setores diferentes daquele no qual se deu a contestação.

Multa para banco

Ramalho também incluiu, no texto, a previsão de multa para os bancos que permitirem o envio, ao exterior, de recursos para pagamento de lucros com os direitos de propriedade intelectual antes do recolhimento de taxa sobre esses lucros.

A multa será de 50% sobre a taxa devida ao governo federal pela empresa ou pela pessoa física que tenha a obrigação de pagar pelo direito de propriedade intelectual. O percentual dessa taxa será determinado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) e incidirá sobre os valores devidos a título de propriedade intelectual.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Belo Monte será hidrelétrica menos produtiva e mais cara, dizem técnicos.



Eles preveem que insegurança jurídica e ambiental vão complicar usina.
Leilão definiu grupo que tocará obra, formado por Chesf e construtoras.


Mariana Oliveira e Marília Juste Do G1, em São Paulo


A hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, Pará, será a usina que produzirá menos energia, proporcionalmente à capacidade de produção, e que terá maior custo para os investidores na comparação com outros empreendimentos de grande porte, em razão da intensidade dos impactos sociais e ambientais na região, na avaliação de especialistas na área consultados pelo G1.

Na terça (20), o governo realizou, em meio a uma batalha jurídica, o leilão que definiu o consórcio que fará a construção e venderá a energia de Belo Monte, o Norte Energia. O grupo é liderado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que tem 49,98% de participação, e mais oito empresas de construção e engenharia.

Após o leilão, algumas informações indicavam que a construtora Queiroz Galvão e a J. Malucelli pensavam em sair do consórcio, mas as empresas não confirmaram.

Embora tenha capacidade instalada de 11 mil MW, o que a tornará a segunda maior hidrelétrica do país, Belo Monte tem energia firme (que pode ser assegurada já prevendo os períodos de seca) de 4,4 mil MW, 40% da capacidade. Na maior usina do país, a binacional Itaipu, que tem 14 mil MW de capacidade, a energia firme representa 61%. Na segunda maior atualmente, Tucuruí - que perderá a posição para Belo Monte -, o percentual é de 49%.
Confira abaixo características técnicas das maiores hidrelétricas brasileiras e de outras que estão em construção atualmente
Hidrelétrica de Itaipu



Hidrelétrica de Itaipu
Rio Paraná
Local: Paraná / Paraguai
Inaugurada em 1984
Capacidade instalada: 14 mil MW
Energia firme: 8,6 mil MW (61% da capacidade)

Rio Xingu, perto de onde será a hidrelétrica de Belo Monte



Hidrelétrica de Belo Monte (projeto)
Rio Xingu
Local: Pará
Leilão ocorreu em 20 de abril, operação deve começar em 2015
Capacidade instalada: 11 mil MW
Energia firme: 4,4 mil MW (40% da capacidade)




Hidrelétrica de Tucuruí
Rio Tocantins
Local: Pará
Inaugurada em 1984
Capacidade instalada: 8,3 mil MW
Energia firme: 4,1 mil MW (49% da capacidade)
Rio Madeira, perto de onde será construída usina Santo Antônio




Hidrelétrica de Jirau
Rio Madeira
Local: Rondônia
Deve começar a operar em 2012
Capacidade instalada: 3,3 mil MW
Energia firme: 1,9 mil MW (57% da capacidade)
Rio Madeira, perto de onde será construída usina Santo Antônio





Hidrelétrica de Santo Antônio
Rio Madeira
Local: Rondônia
Deve começar a operar em 2012
Capacidade instalada: 3,1 mil MW
Energia firme: 2,2 mil MW (70% da capacidade)

A energia firme de Belo Monte é proporcionamente menor segundo dados do governo por conta das caracteríticas do Rio Xingu, cuja vazão fica bastante reduzida em épocas de seca. Para reduzir os impactos ambientais, Belo Monte não terá reservatório, será uma usina a fio d´água, ou seja, vai gerar energia conforme a quantidade de água existente no rio.

Em entrevista ao G1 no fim de março, Maurício Tolmasquim, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do governo federal responsável pelo planejamento de energia, disse que o percentual menor de energia firme é um fator negativo. "Temos no Brasil um sistema interligado, onde uma usina complementa a outra. Uma hora chove mais no Sul, outra hora no Norte. Não se pode olhar números isoladamente", disse.

O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) de Belo Monte diz que quando a hidrelétrica estiver cheia "vai ser possível guardar água nos reservatórios das usinas em outras regiões do país. Com os reservatótios cheios, essas usinas vão gerar mais energia quando Belo Monte estiver gerando pouca energia (na seca)".

Produtividade
Especialistas em energia elétrica destacam que Belo Monte é importante para atender ao crescimento da demanda de consumo prevista para os próximos anos, mas concordam que a produtividade da hidrelétrica é baixa.

Para o engenheiro Silvio Areco, da consultoria Andrade & Canellas, especializada em energia e com atuação direta em hidrelétricas, o percentual considerado bom para os investidores da energia firme em relação à capacidade instalada é de 55%.

"Se fizer uma relação entre a capacidade de gerar energia e a energia assegurada, a de Belo Monte é menor. Vai precisar instalar muito mais máquinas, mas vai produzir menos energia relativamente. Vai ter relativamente menos energia do que nas outras hidrelétricas e com preço similar", afirma Areco.

Areco afirma ainda que os custos para cumprir as condicionantes impostas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) para conceder a licença ambiental - que determina que o consórcio vencedor do leilão realize ações em prol da população e natureza local - podem ser mais altos do que os previstos.

O governo estima cerca de R$ 3 bilhões dos R$ 19 bilhões totais previstos para a construção. Especulações dão conta de que a obra total custe até R$ 30 bilhões.

"A usina está em um local longe e o primeiro problama é o acesso. Entra em território que não é reserva indígena, mas tem população indígena. Se conhece o terreno olhando de cima", acrescentou. Para o engenheiro, há muita coisa na construção da hidrelétrica que não se pode prever. "A complexidade disso é exatamente pelo porte da obra. Os problemas serão de magnitude e consequencias do porte da obra", afirma Areco.

O conhecimento dos problemas juntamente com o baixo preço estabelecido como máximo para o leilão pelo governo foram alguns dos motivos para as construtoras Camargo Corrêa e Odebrecht, que participaram dos estudos da hidrelétrica e conhecem melhor o local, desistirem de concorrer no leilão. Em nota, as construtoras afirmaram que não havia condições financeiras.

O preço máximo definido pelo leilão era de R$ 83 por MWh. O consórcio derrotado, formado pela Construtora Andrade Gutierrez, que também participou dos estudos da obra, ofereceu R$ 82,9 por MWh. O grupo vencedor, que entrou de última hora na disputa, ofereceu R$ 78.

Areco considerou que o valor é bem abaixo do que seria necessário para cobrir os gastos.
Rio Xingu, no Pará, onde será construída hidrelétrica de Belo MonteRio Xingu, no Pará, onde será construída hidrelétrica de Belo Monte (Foto: Mariana Oliveira / G1)














Custo socioambiental
Na avaliação do engenheiro Luiz Pereira de Azevedo Filho, que foi de Furnas e atualmente é secretário-geral do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), embora haja previsão da variação da produção de energia ser elevada em Belo Monte, o principal problema são as questões socioeconômicas.

"Vejo que os impactos socioambientais são os que influenciam para tornar a obra menos viável economicamente, do ponto de vista de investimento. Mas esse é um preço que vamos ter que pagar aqui para frente para fazer usinas da Amazônia, um empreendimento menos atrativo."

Azevedo Filho afirmou que as usinas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio, que estão em construção, são "menos complicadas" porque a vazão do rio é constante.

O secretário do Ilumina diz ainda temer que o custo da obra seja maior do que o previsto, mas acredita que fique bem abaixo dos R$ 30 bilhões especulados. "Eu acho que houve certa precipitação, o governo deveria ter feito com mais calma. Tenho temor de que possa aparecer algo que não foi devidamente estudado e que vai aumentar o custo da obra."

Ele destaca ainda a insegurança jurídica - levantamento do G1 mostrou que o governo ainda terá de enfrentar 15 ações na Justiça contra a hidrelétrica no rio Xingu. "E se em uma dessas ações a Justiça acaba concedendo e alterando o fluxo da obra? A situação pode se complicar ainda mais", destaca Azevedo Filho.


Contraponto
Já o físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor da COPPE, instituição da área de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que o preço acertado por Belo Monte foi adequado.

"O preço foi o melhor dentro do que se estava dizendo, de que era impossível [chegar nisso]. É claro que a presença das estatais facilitou [esse preço], além do sistema de financiamento favorecido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas obras públicas todas têm que ter isso. Obras com esse investimento precisam ter esse alívio", afirmou ele ao G1.

O empréstimo que o BNDES deve conceder ao consórcio Norte Energia, pode ser o segundo maior da história da instituição. Perde apenas para o crédito de R$ 25 bilhões liberado para a Petrobras, que teve contrato de financiamento assinado em julho do ano passado.

Para Pinguelli, o custo alto da obra de Belo Monte é justificado pela sua alta capacidade, mesmo que em períodos de seca a produção possa cair a mil MW. Ele acredita que não dá para comparar Belo Monte com a hidrelétrica de Jirau, por exemplo, que tem um potencial menor (de 3.300 megawatts), mas uma energia firme maior proporcionalmente.

"Jirau é uma exceção. Jirau tem um fator de capacidade muito alto, não é a média brasileira", afirma.

Ainda assim, Pinguelli acredita que hidrelétricas menores poderiam ter sido construídas no lugar de Belo Monte. "O empreendimento podia ser outro? Podia. Fizeram Belo Monte porque já estavam envolvidos com Belo Monte. Virou a bola da vez", afirma.

Obra
A hidrelétrica de Belo Monte ocupará parte da área de cinco municípios do Pará: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais desenvolvida e tem a maior população dentre essas cidades, com 98 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os demais municípios têm entre 10 mil e 20 mil habitantes.

A região discute há mais de 30 anos a instalação da hidrelétrica no Rio Xingu, mas teve a certeza de que o início da obra se aproximava após a concessão em fevereiro, pelo Ibama, da licença ambiental.

A população que depende do Rio teme ainda a seca na Volta Grande, local habitado por índios e ribeirinhos. Isso porque parte da água terá seu curso desviado para um reservatório, uma área que será alagada, e com isso a vazão será reduzida no trecho de 100 quilômetros. O governo confirma que haverá redução na vazão, mas diz que a população não será prejudicada.